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Foto do escritorGustavo Kichileski

Através de decreto, o presidente Lula vai permitir a expropriação de fazendas e propriedades rurais sem compensaçãofinanceira em casos de flagrante de trabalho escravo

Recentemente, um decreto intitulado “Terra da Gente” tem causado apreensão entre os produtores rurais brasileiros. Esse decreto possibilita a expropriação de propriedades rurais e fazendas sem compensação financeira quando há constatação de trabalho escravo, conforme as diretrizes estabelecidas pelo INCRA. Ao contrário das desapropriações típicas da reforma agrária, que incluem indenização ao proprietário, essa medida confisca as terras sem qualquer retribuição, o que é motivo de grande preocupação para os produtores.


Esta legislação é especialmente polêmica porque, embora a expropriação por trabalho escravo seja permitida pela Constituição Federal, ela requer critérios bem definidos por uma lei federal específica, e não simplesmente por regulamentos do INCRA. A falta de critérios claros pode resultar em interpretações subjetivas, colocando em risco produtores que estão em conformidade com as leis trabalhistas. Tal situação cria uma insegurança jurídica que prejudica os investimentos e o crescimento do setor rural.


A coincidência da implementação do decreto com o “abril vermelho”, período de maior atividade do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), levanta suspeitas sobre uma possível colaboração entre o MST e o Governo Federal. Este alinhamento potencial aumenta as preocupações sobre uma política de apropriação de terras sem indenização. O recente aumento de ocupações de terras promovidas pelo MST em várias regiões do país intensifica essa preocupação.


Diante desses desafios, é imperativo que entidades representativas dos produtores rurais, como federações e associações, ajam rapidamente. A apresentação de uma ação direta de inconstitucionalidade ao Supremo Tribunal Federal (STF) é uma das estratégias sugeridas para suspender a aplicação do decreto e assegurar os direitos constitucionais dos produtores rurais.


Ademais, é fundamental promover um diálogo produtivo entre o governo e o setor agrícola. Esse diálogo deve buscar soluções que conciliem a proteção dos direitos dos trabalhadores rurais com a necessária segurança jurídica para o avanço sustentável do agronegócio no Brasil. Somente por meio de esforços colaborativos e transparentes será possível assegurar a estabilidade e o crescimento contínuo do setor agrícola, que é crucial para a economia nacional.

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